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Resumo Sociologia 1ª série - 2º Bimestre

terça-feira, 24 de maio de 2016

Resumo de Sociologia 2º bimestre
Processo de Socialização
Na sociologia, o processo de socialização é fundamental para a construção das sociedades a qual ocorre em diversos espaços sociais. Ou seja, é pelo processo de socialização que os indivíduos interagem e se integram por meio da comunicação, ao mesmo tempo que constroem a sociedade.
Para o sociólogo brasileiro Gilberto Freire, a socialização pode ser definida da seguinte maneira:
“É a condição do indivíduo (biológico) desenvolvido, dentro da organização social e da cultura, em pessoa ou homem social, pela aquisição de status ou situação, desenvolvidos como membro de um grupo ou de vários grupos.”
A socialização consiste na interiorização que cada indivíduo faz desde que nasce e ao longo de toda a sua vida, das normas e valor da sociedade em que está inserido e dos seus modelos de comportamento. Assim sendo, socializar é interiorizar no indivíduo os modos de pensar e de agir, do grupo do qual faz parte.
É um processo de aprendizagem em que, através da interiorização dessas normas e valores comuns, se faz aumentar a solidariedade entre os membros de um grupo e, portanto, a socialização é determinante para a integração social, formando-se assim o espírito de adesão ao grupo, que é o gosto pela vida coletiva e a aceitação das regras estabelecidas, sem esquecer de participar e contribuir com o grupo, para que possam atingir suas metas e objetivos. E também forma-se nesse processo a ação coercitiva do fato social, que é o que nos impede ou nos autoriza a praticar algo, por exercer uma pressão em nossa consciência, dizendo o que se pode ou não fazer, em resumo, a coerção social é a força que esses fatos sociais exercem sobre os indivíduos, levando-os a conformar-se com as regras da sociedade em que vivem independentemente de sua vontade ou escolha, teoria estudada inclusive por Durkheim, que dizia que a sociedade é uma realidade estruturada ao longo da história que converte o presente em que vivemos num fato duradouro, resistente ao capricho da nossa vontade, e que ela se apresenta como um todo estruturado capaz de moldar os indivíduos, os quais da sociedade dependem como uma realidade externa, independente do indivíduo.
Por isso, para se construir essa educação no indivíduo, existem dois tipos de socialização: primária e secundária. Assim sendo, durante a infância ocorre a socialização primária, na qual a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos de comportamento do grupo a que se pertence. Então esse tipo de socialização é essencial para o indivíduo pois deixa marcas muito profundas em toda a sua vida, já que é aí que se constrói o primeiro mundo do mesmo.
Por sua vez, a socialização secundária é todo e qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos setores no mundo objetivo da sociedade (na escola, nos grupos de amigos, no trabalho, etc), existindo uma aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam em nós, assim como novos papéis que vamos assumindo em vários grupos a que vamos pertencendo e nas várias situações em que somos colocados.




Relações e interações sociais na vida cotidiana

Utilizaremos como referencial teórico a abordagem do sociólogo canadense Erving Goffman (1922 – 1982). Onde nosso objetivo é provocar, por meio do estranhamento, o questionamento sobre a naturalidade das formas como agimos e nos relacionamos no cotidiano, mostrando que, na realidade, nosso comportamento depende em grande parte daquilo que pretendemos comunicar aos outros e da forma como os outros nos compreendem. É nesse jogo complexo de apresentações e representações de nós mesmos uns aos outros, em que nem sempre aparentamos aquilo que somos e tampouco somo vistos como gostaríamos que fôssemos, que se dão as relações e interações sociais no chamado plano microssocial, ou seja, das sociabilidades em pequenas escalas (entre pessoas, no contexto familiar, escolar, da vizinhança, da comunidade, da internet).
A preocupação com o que os outros pensam a nosso respeito é parte importante das relações entre os seres humanos. Isso acontece porque, de um lado, queremos fazer parte do grupo, sermos aceitos e não excluídos e por outro lado, também gostaríamos que os outros nos aceitassem como somos. Afinal de contas, como vimos no 1º bimestre, o homem é um ser social e não consegue viver sem o convivo de outras pessoas. Porém, ser aceito e não ser excluído do grupo exige muito esforço: é preciso conhecer as regras do grupo, saber conviver com as pessoas, se relacionar, se comunicar – uma série de conhecimentos que não aprendemos de um dia para o outro. Vimos que esse conhecimento é adquirido por meio do processo de socialização. Aprendemos em casa e na escola, com nossa família, nossos pais, irmãos, avós, primos, tios, colegas professores e muitas outras pessoas como nos comportarmos diariamente. Esse aprendizado é constante e diário, e não termina nunca. Vimos também que, muitas vezes, nem sempre o que aprendemos funciona em todas as situações; desse modo, temos de nos adaptar ao imprevisível. Mas agora que já sabemos como aprendemos a viver em sociedade, é preciso compreender como utilizarmos esse conhecimento para conviver.

O processo de construção da identidade social
A identidade social é caracterizada essencialmente pela forma como nós próprios nos vemos, ou seja é um sentido do “eu” conjugada com a forma como os outros nos veem.

Quando nos autocaracterizamos estamos ancorados num determinado modelo com o qual nos identificamos, quer isto dizer que a identidade social requer um certo grau de escolha, ao mesmo tempo que exige um nível de consciência.
Estudos da década de 60 e 70 revelavam que a identidade estaria ligada a estruturas tradicionais de classe, não sendo, portanto, algo individual mas coletivo, intimamente ligada ao fato de um indivíduo pertencer a uma determinada classe social e em que todos os indivíduos pertencentes a essa classe teriam a mesma identidade. Desse modo, esta era imutável, circunscrita e permanecia no tempo com alguma solidez, tornando o assim o individuo dependente da estrutura social e não das suas próprias escolhas.
Para refutar estes paradigmas surgem os estudos sociológicos pós-modernistas e pós-estrutualistas que defendem uma identidade individual assentada numa dinâmica social influenciada pelas relações socias entre os indivíduos que compõem essa mesma sociedade. A identidade social é vista agora como algo que se constrói individualmente, algo que é dinâmico e pouco estável.

Segundo estes estudos contemporâneos o individuo possui várias fontes identitárias, identidade de gênero, identidade nacional, identidade etária, identidade étnica, identidade profissional e entre outras.

A influência que a classe social, a religião ou a política tinha sobre o individuo deixa assim de fazer sentido, passando este a definir a sua própria identidade, de acordo com as suas escolhas e as suas experiências individuais, independentemente da estrutura social em que está inserido.

São as relações face à face que determinam o processo de construção identitária, a socialização primária e secundária tornam-se assim bastante importantes, pois os indivíduos necessitam uns dos outros para formarem a sua própria identidade. De acordo com Richard Jenkins (1996) as identidades não são inatas, não nascem conosco, precisam ser construídas e esta construção passa pela interação com o outro, pois só a interação social permite viver em sociedade.

Vivemos hoje numa sociedade altamente globalizada em que tudo é muito dinâmico, instável e flexível, quer a nível profissional, econômico ou político, como tal as identidades tornam-se também instáveis e susceptíveis às escolhas que cada individuo efetua. Ao mesmo tempo em que surgem as mudanças sociais, a alteração de valores e padrões que regem uma sociedade, assim também os indivíduos têm poder para moldar a sua própria identidade.

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