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Oque é a filosofia: é o espanto!

Resumo filosofia 3ª série - 2º bimestre

terça-feira, 24 de maio de 2016

Filosofia e Religião (Mito)
Conhecimento filosófico
O conhecimento filosófico surge da relação do homem com seu dia-a-dia, porém preocupa-se com respostas e especulações destas relações. Não é um conhecimento estático, ao contrário sempre está em transformação. Considera seus estudos de modo reflexivo e crítico. É um estudo racional, porém não há uma preocupação de verificação.
O conhecimento filosófico é racional. Baseia-se na especulação em torno do real, tendo como objeto a busca da verdade. Por isso, diz-se que é uma atitude. Ele é sistemático, mas não experimental. Vai à raiz das coisas e é produzido segundo o rigor lógico que a razão exige de um conhecimento que se quer buscando a verdade do existente.

Conhecimento mítico-teológico
O conhecimento teológico preocupa-se com verdades absolutas, verdades que só a fé pode explicar. O sagrado é explicado por si só. Não há importância a verificação. Acredita-se que o conhecimento é explicado pela religião. Tudo parte do religioso, os valores religiosos são incontestáveis.
É o conhecimento revelado, não tem objeto, não tem método, não tem hipótese, não tem comprovação da experiência. O princípio existente é a fé.
Esse é o conhecimento teológico. Resposta para tudo, se verdadeira ou falsa, não importa. É o absoluto.

O homem como ser político
A origem etimológica da palavra localiza--se no grego antigo e traz polittique e politikós sugerindo arte de governar a cidade e aquele que é da cidade.
Segundo Aristóteles, o homem é um ser político por natureza, pois as primeiras comunidades e a cidade são fatos da natureza humana. Os homens que por natureza não fazem parte de uma comunidade ou cidade não são homens: são deuses ou degradados.
Todos os homens, todos os seres que se definem como homens pertencem a uma comunidade, possuem o dom da palavra e não se bastam a si mesmos, sempre necessitando de outros homens. Essas características o tornam um ser político, isto é, um ser que não existe isolado, que convive e se faz entre outros homens, precisando saber conviver entre outros homens.

Desigualdade segundo Platão

Texto p.22-23 Platão e a justa desigualdade: o mito dos nascidos na terra
Quanto ao mito, é interessante destacar que, apesar de afirmar que o lugar social destinado a cada pessoa é, de certo modo, determinado pelos deuses, o que tornaria esse lugar legítimo e inquestionável, ele também reconhece a possibilidade de exceções: “mas, às vezes, do ouro seria gerado um filho de prata e, da prata, um de ouro, e assim com todas as combinações de um metal com outro” . Se,portanto, dentre os artesãos ou lavradores surgir uma criança com alma de ouro ou prata, o deus ordena que esta seja elevada à categoria de soldado ou governante, para o bem da cidade. Há, portanto, a admissão de certa mobilidade social, ainda que como exceção, o que, de resto, contribui para dar credibilidade à regra.


Texto p.25-26 Platão e a teoria da alma
No que se refere ao conceito de justiça, Platão a entende como medida justa, ou seja,cada classe desempenhando a função para a qual está qualificada por sua natureza intrínseca. Daí a ideia de justa desigualdade, expressa no título.
A teoria das três almas vem complementar a discussão feita pelo autor sobre o papel de cada classe social na constituição da cidade justa.
Com efeito, Platão traça um paralelo entre o homem concebido individualmente (com as três partes de sua alma) e a cidade, composta de três classes sociais. Assim como o homem justo é aquele que tem as partes da alma em equilíbrio e harmonia, graças ao comando da razão, assim também a cidade justa, harmoniosa e próspera é aquela em que cada classe cumpre com afinco sua função, sob o comando dos magistrados. Tal concepção, sem dúvida, contribui para legitimar a estrutura social pensada por Platão como ideal e na qual o governante governa com sabedoria, os militares cuidam da defesa com coragem e os produtores exercem a temperança na produção da subsistência da cidade.

Desigualdade segundo Rousseau

p.31-32 Texto1 Desigualdade natural e desigualdade social
Importa destacar neste texto as duas espécies de desigualdade definidas por Rousseau e suas considerações quanto aos procedimentos metodológicos que adota. No primeiro caso, distingue desigualdade natural de desigualdade convencional, esclarecendo que é desta última que irá tratar na obra em questão. No segundo, explica que utilizará raciocínios hipotéticos e condicionais e que, por isso, suas conclusões não podem ser tomadas como verdades históricas. Acreditamos que essa informação é importante para que os alunos evitem justamente tomá-las como tais e também para que entrem em contato com esse tipo de raciocínio (hipotético e condicional) empregado pelo autor.


p 37-39 Texto 2 O homem no estado de natureza.
Nele, ao descrever esse homem, Rousseau apresenta suas características físicas e morais. Em ambos os casos, o homem primitivo era melhor que o homem civilizado. Rousseau distingue, também, duas características inatas e inerentes à natureza humana: a perfectibilidade e a piedade.
A primeira é a capacidade do homem para se aperfeiçoar, o que constitui um dos atributos a diferenciá-lo dos animais. Além disso, a perfectibilidade é a grande responsável por retirar o homem do estado de natureza, permitindo que se instaurasse a desordem e a guerra.
A segunda consiste na “repugnância inata de ver sofrer o seu semelhante”. Dessa ideia de piedade inata decorre a tese do bom selvagem atribuída a Rousseau. Consideramos pertinente
e relevante inserir também, ainda que em nota, a distinção feita pelo autor entre “amor de si” (inato e voltado para a preservação da vida) e “amor-próprio” (socialmente adquirido e origem de muitos males) por entender que ela pode inspirar a reflexão crítica sobre os valores que predominam na sociedade atual.


p41- 43 Texto 3. A propriedade privada como origem da desigualdade social
0 texto visa esclarecer a perspectiva de Rousseau acerca da origem da desigualdade, que ele localiza no surgimento da propriedade privada. Rompida a igualdade original, instaura-se a desordem e o estado de guerra, o qual se torna muito mais oneroso para os ricos que têm muito mais a perder que os pobres. Daí a instituição do Estado e das leis que, sobretudo durante o Antigo Regime, cumpriam a função de proteger os interesses dos ricos e impor entraves aos pobres.



p.45-46 Texto 4 O contrato social e a igualdade formal
o próprio Rousseau se coloca um problema: como conciliar a obediência a uma associação, a um contrato, às leis, com a liberdade dos indivíduos? A resposta, para ele, está na alienação total e na submissão de todos à vontade geral. Como todos participam dessa vontade geral, a obediência a ela significa, em última instância, obediência a si mesmo, de modo que a liberdade fica preservada.
Parece-nos particularmente interessante explorar os conceitos de liberdade natural (fazer tudo o que se quer) e liberdade civil ou moral, limitada pela vontade geral. Isso porque, para Rousseau, ao contrário do que muitos pensam, principalmente, talvez, os adolescentes, essa liberdade moral é, no estado atual da humanidade, a única capaz de tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo. Afinal, quem busca fazer tudo o que deseja torna-se escravo dos próprios apetites, ao passo que aquele que se submete à lei que ele também ajudou a instituir exerce a liberdade. Desse modo, por meio das leis entendidas como fruto da vontade geral, Rousseau soluciona o problema da desigualdade, instituindo uma igualdade formal, jurídica (perante a lei) em substituição à desigualdade perdida do estado de natureza.

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