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Oque é a filosofia: é o espanto!

Resumo de filosofia1ª série do 2º bimestre

domingo, 25 de maio de 2014

O conhecimento

O conhecimento está diretamente ligado ao homem, à sua realidade. O conhecimento pretende idealizar o bem estar do ser humano, logo o conhecimento advém das relações do homem com o meio. O indivíduo procura entender o meio partindo dos pressupostos de interação do homem com os objetivos. É uma forma de explicar os fenômenos das relações, seja, entre sujeito/objeto, homem/razão, homem/desejo ou homem/realidade. A forma de explicar e entender o conhecimento passa por várias vertentes como: conhecimento empírico (vulgar ou senso comum), conhecimento filosófico, conhecimento mítico-teológico, o conhecimento estético e o conhecimento científico.

Tipos de Conhecimento:

a)Conhecimento Cientifico
O conhecimento científico precisa ser provado. O conhecimento surge da dúvida e comprovado concretamente, gerando leis válidas. É passível de verificação e investigação, então acaba encontrando respostas aos fenômenos que norteiam o ser humano. Usa os métodos para encontrar respostas através de leis comprobatórias, as quais regem a relação do sujeito com a realidade.
Ele possui :
 Objeto definido;
 Método lógico;
 Hipótese : resposta plausível, possível.
 Experimentações que verificam se as hipóteses são corretas.
O conhecimento científico difere dos outros tipos de conhecimento por ter toda uma fundamentação e metodologias a serem seguidas, além de se basear em informações classificadas, submetidas à verificação, que oferecem explicações plausíveis a respeito do objeto ou evento em questão.

b)Conhecimento filosófico
O conhecimento filosófico surge da relação do homem com seu dia-a-dia, porém preocupa-se com respostas e especulações destas relações. Não é um conhecimento estático, ao contrário sempre está em transformação. Considera seus estudos de modo reflexivo e crítico. É um estudo racional, porém não há uma preocupação de verificação.
O conhecimento filosófico é racional. Baseia-se na especulação em torno do real, tendo como objeto a busca da verdade. Por isso, diz-se que é uma atitude. Ele é sistemático, mas não experimental. Vai à raiz das coisas e é produzido segundo o rigor lógico que a razão exige de um conhecimento que se quer buscando a verdade do existente.

c) Senso Comum ou Conhecimento vulgar – Conhecimento popular

O conhecimento empírico surge da relação do ser com o mundo. Todo ser humano apodera-se gradativamente deste conhecimento, ao passo que lida com sua realidade diária. Não há uma preocupação direta com o ato reflexivo, ocorre espontaneamente. É um conhecimento do tipo abrangente dentro da realidade humana. Não está calcada em investigações.
Se o "bom senso", apesar de sua aspiração à racionalidade e objetivo, só consegue atingir essa condição de forma muito limitada, pode-se dizer que o conhecimento vulgar, popular, é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos.
"É o saber que preenche a nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver refletido sobre algo". (Babini, 1957:21).

d) Conhecimento estético
É o conhecimento proveniente do uso das artes. (Música, cultura, desenho, etc). Explique se tudo através da sensibilidade do artista, se modo particular sentir a realidade a sua volta é a verdade buscada pelo artista.

e) Conhecimento mítico-teológico
O conhecimento teológico preocupa-se com verdades absolutas, verdades que só a fé pode explicar. O sagrado é explicado por si só. Não há importância a verificação. Acredita-se que o conhecimento é explicado pela religião. Tudo parte do religioso, os valores religiosos são incontestáveis.
É o conhecimento revelado, não tem objeto, não tem método, não tem hipótese, não tem comprovação da experiência. O princípio existente é a fé.
Esse é o conhecimento teológico. Resposta para tudo, se verdadeira ou falsa, não importa. É o absoluto.

UMA VISÃO CRITICA DA CIÊNCIA
TEXTO 1: o problema da indução
Sabemos que a ciência é, sem dúvida, uma atividade racional e, por isso, se vale das regras da lógica para fundamentar seus conhecimentos. No entanto, a indução não parte das regras lógicas para se legitimar. Ela parte da experiência. A experiência pode parecer racional, mas não é, pois está envolvida com os sentidos, e não com o raciocínio. 
O que aconteceria se a lei ou a teoria falhassem? Nada na natureza tem o dever de seguir nossas leis científicas. As leis da natureza são as interpretações que fazemos dela. Cada princípio científico pode ser contrariado pela natureza porque não é fundamentado pela razão, mas pela experiência. Nós prevemos, como se fosse um hábito psicológico.
Por isso, quando pensamos que a ciência é uma garantia da verdade, estamos tendo uma visão não crítica da ciência. 
Dois outros que precisamos discutir a respeito da indução, como fundamento da ciência, a saber:
 a observação como fonte objetiva;
 a relação teoria-experiência.
Afirma-se, constantemente, que da observação das experiências tiramos os conhecimentos.
Mas será que cada um de nós observa da mesma maneira? Será que nossa visão, audição, paladar, tato e olfato são iguais aos dos outros seres humanos? Não são, pois as pessoas podem observar uma mesma situação de formas diferentes (David Hume, 1711- 1776 foi um filósofo e historiador britânico).
A observação tem problemas por si só em relação à objetividade da ciência, havendo também problema com a crença de que dela derivam todas as teorias. Quando o cientista faz uma experiência, seria muito difícil acreditar que ele faça suas descobertas partindo do nada. Ele tem muitas teorias anteriores à experiência, e algumas vezes é com base nelas que ele produz a própria experiência a ser observada. Isso aparece principalmente quando, durante a observação, o cientista usa o vocabulário de uma teoria para expressar sua percepção. Por exemplo, para explicar a experiência de um livro que foi solto no solo, em sua observação, um físico poderia dizer que a força gravitacional da massa do planeta Terra é que atraiu para ele, segundo sua distância, a massa do livro. Onde está a palavra força no ato de soltar um livro? E atração? Todas essas palavras estão na mente do cientista antes da experiência (Russel, seculo XX, Inglaterra).

TEXTO 2 : O falsificacionismo
Depois de termos visto alguns problemas sobre a indução, vamos estudar agora alguns filósofos que reconheceram a importância da atividade científica. Mesmo admitindo que ela não é capaz de dar todas as respostas e entendendo-a como baseada na indução, acreditamos que, ainda assim, a ciência oferece as melhores respostas disponíveis.
Para os falsificacionistas – entre os quais Karl Popper é um dos mais importantes –, o valor de um conhecimento científico não vem da observação de experiências, mas da possibilidade de a teoria ser contrariada, ou melhor, falseada. Com a ideia de que a teoria precede a experiência, os falsificacionistas admitem que toda explicação científica é hipotética; no entanto, é o melhor que temos. Quanto mais uma teoria pode ser falseada, melhor seria ela. Por exemplo, ignorando a pressão atmosférica e outros fatores, se dissermos que “a água ferve a 100 graus Celsius”, qual a contradição possível, ou melhor, o que tornaria falsa essa afirmação? A resposta seria: ao chegar a 100 graus Celsius, a água não ferveria, ou ferveria antes.
No momento em que uma teoria é falseada, o cientista tentará melhorá-la ou a abandonará. Mas enquanto ela não é falseada, permanece o seu valor explicativo. O fundamental é que tenhamos em mente o seu limite. 
Critérios para uma boa teoria
 Tem de ser clara e precisa, não podendo ser obscura ou deixar margem para várias interpretações.Quanto mais específica, melhor.
 Deve permitir a falsificabilidade; quanto mais, melhor.
 Deve ser ousada, para conseguir progredir em busca de um conhecimento mais aprofundado sobre a realidade.
Teorias que não podem ser falseadas não são boas teorias. Por exemplo, se disser que “o ladrão rouba”, não se estará dizendo muita coisa sobre o mundo. Apesar de parecer clara, essa afirmação não pode ser falseada; afinal, está contida na palavra ladrão a ideia de que ela qualifica os seres que roubam. Ninguém precisa dizer “o ladrão rouba” para sabermos que ele rouba. É impossível contradizer essa afirmação, pois é completamente irracional pensarmos em um ladrão que não rouba.
Outro exemplo: se dissermos “é possível ter sorte no esporte”, também não diremos muita coisa. Não estamos sendo precisos, pois muitas outras coisas são possíveis no esporte. A própria ideia de que algo é possível permite quase tudo, mas, como medir a sorte ou saber que não foi o acaso? Essa frase serve tanto para perder ou ganhar, não é capaz de ser falseada.
Pode ser a sorte de um time ou de outro; pode ser até mesmo a sorte dos dois, mas nunca deixará de ser sorte de alguém.


TEXTO 3: O progresso da Ciência
Muitos filósofos se interessaram em pensar de forma crítica a Ciência, seus fundamentos, seus limites e seu progresso. Vamos discutir a reflexão de Thomas Kuhn a respeito da Ciência.
Em primeiro lugar, é importante salientar que a ciência é uma atividade racional e humana.
Essa atividade, como muitas outras, é influenciada por problemas humanos de natureza variada, como emocionais, políticos, linguísticos, sociais e religiosos.
Kuhn percebeu que essas influências são inerentes à racionalidade humana e se propôs a pensar a ciência com base nelas e de acordo com a seguinte linha de desenvolvimento: pré-ciência, ciência normal, crise, revolução científica e nova ciência normal.
O conceito mais importante é o de paradigma, que é o modelo da ciência normal.
Durante um tempo, todos os cientistas procuram orientar suas pesquisas com base em um modelo, de maneira a preservar a verdade científica. O que não se encaixar nesse modelo será excluído; será considerado anomalia, mas isso também pode indicar que o cientista não aplicou corretamente o modelo e sua metodologia.
Para Kuhn, o determinante das normas da ciência é o paradigma aceito pelos cientistas.
Mas, por motivos nem sempre racionais, os cientistas mudam de paradigma, após uma crise da ciência normal, o que, em geral, é fundamentado na anomalia, isto é, quando a ciência normal não consegue responder a alguns problemas, como a órbita de Mercúrio para a física newtoniana.
Essa crise se estende até uma revolução científica, quando a maneira de fazer ciência muda completamente. Quando ocorre essa mudança, segundo Kuhn, chega-se a uma nova ciência normal, a partir desse momento praticada de acordo com um novo paradigma. 
Precisamos considerar que a racionalidade científica encontra problemas dentro e fora de seu espaço de ação. Dentro de seu espaço de ação são as anomalias e fora desse espaço são as necessidades humanas da pesquisa científica. As instituições, empresas e governos procuram fazer com que a ciência seja feita em função de seus interesses, não apenas por mera curiosidade.


Mito e Cultura
Texto 4:o Mito e a religiõa
Um mito é uma narrativa que trata de algo sem necessariamente submeter-se às formas lógicas, como nas ciências. Em geral, os mitos estão envolvidos com a religião dos povos e com as crenças das pessoas. 
A palavra religião  vem do verbo latino religare, religar, argumentando que a religião é um laço de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus.
Dentro do que se define como religião podem-se encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de facto muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É facto que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demónios.  As religiões costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte. A maior parte crê na vida após a morte.
A ideia de religião com muita frequência contempla a existência de seres superiores que teriam influência ou poder de determinação no destino humano. Esses seres são principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir várias categorias: anjos, demônios, elementais, semideuses, etc.

Texto 5: A cultura
Em geral, podemos dizer que a cultura é a ação dos homens com ou sobre a natureza, por meio da objetivação da consciência (Hegel), pelo trabalho em sociedade (Marx), pela instituição de símbolos (Cassirer), por uma lei simbólica (Lévi-Strauss), por meio do contrato social (Rousseau), por meio da educação (Cícero). Em síntese, essa ação produz técnicas, valores, conhecimentos, ideias, religiões, artes e tudo o que circunscreve o mundo humano.
A cultura constrói cada um de nós, o nosso eu, e podemos supor uma divisão em nós: o eu inferior e o eu superior. Nessa ideia, a natureza estaria no eu inferior, como desejo e paixão, e a cultura estaria no eu superior, como vontade e razão. Desse modo, a natureza não estaria apenas em nosso corpo ou em nosso entorno. Ela está no mais íntimo de cada um de nós. Mesmo assim, a natureza não seria capaz de nos saciar, porque não poderíamos viver apenas de desejos e porque, se isso fosse possível, não precisaríamos de cultura.
Por essa ideia de cultura, podemos entender que somos capazes de nos inventar, já que estamos sempre nos fazendo. Assim, por exemplo, uma pessoa culta é aquela pessoa que inventou um ser para si.
Por exemplo, se alguém quiser ser roqueiro, o que deve fazer? No mínimo, deve aprender a escutar rock, conversar com quem entende do assunto, ler sobre ele, aprender a tocar algum instrumento. O indivíduo não nasceu roqueiro; ele se inventou, criou uma forma pessoal de ser. 
Do mesmo modo, qualquer um de nós pode se inventar. Caso não nos inventemos, estaremos determinados pelo mundo que nos rodeia. Podemos ser pessoas pacientes, agradáveis, chatas; enfim, tudo é questão de escolha e atividade cultural. Mas nem sempre se inventar é fácil. Somos uma espécie de planta que precisa ser cultivada por nós mesmos.
Cultura e Estado
Ora, o Estado brasileiro tem o dever de ajudar as pessoas a se formar como cidadãos. É preciso considerar outros campos de atuação estatal que incluem, por exemplo, a regulamentação dos meios de comunicação, as políticas educacionais e os incentivos artísticos e culturais. Do ponto de vista do Estado, a cultura deve ser civilizadora, isto é, deve fazer com que as pessoas se tornem mais sociáveis.
Atividade pagina 23, 24, 25 e 26 
A filosofia da arte
Estética (do grego aisthésis: percepção, sensação) é um ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como as diferentes formas de arte e da técnica artística; a idéia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se do sublime, ou da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo.
Arte (Latim Ars, significando técnica e/ou habilidade) geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores, dando um significado único e diferente para cada obra de arte.
Para Nietzsche, os gregos perceberam que há duas forças diferentes na arte e na vida. Uma ele chamou de apolíneo e a outra de dionisíaco.
Da mesma maneira que uma criança que para chegar ao mundo necessita dos dois sexos, a arte necessita dessas duas forças. Elas nem sempre estão unidas, lutam uma com a outra, porque são muito diferentes.
No entanto, ao observar essa luta e os momentos de reconciliação, pode-se retirar profundos ensinamentos sobre a vida. A luta do dionisíaco e do apolíneo nos revela a própria vida humana, que apresenta sonho, paixão, transformações, festa, prazeres do corpo e do espírito, situações sombrias, necessidade de ordem, lutas.
Apolo é o deus das imagens e das artes plásticas, o impulso do visual. Dionísio é o deus da música, do que é visual e corpóreo, como a dança. Os gregos conseguiram reunir essas duas forças na tragédia grega.
Apolíneo Dionisíaco

 Sonho (homem adormece). 
 Aparência (o homem copia as formas).
 Filosofia (na razão que faz pensar).
 Luz (nada pode ser oculto). 
 Ordem (tudo deve ser harmônico).
 Do individual (se entende como único).  Embriaguez (do vinho e dos prazeres). 
 Da dança (sentir a natureza do corpo).
 Selvagem (viver com a força das paixões).
 Da mutação (não precisar sempre ser o mesmo, o devir).
 Violência (como na natureza).
 Do coletivo (esquecer de si em meio a algo maior, como na alegria da festa, ou da natureza).

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