Explicação da música "Apesar de você"
terça-feira, 1 de novembro de 2016
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Sociologia 4º Bimestre
A ESTRATIFICAÇÃO DE GÊNERO
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Estratificação de Gênero
Sexo e Gênero
Em todas as sociedades, os indivíduos categorizam-se
uns ao outros como masculino ou feminino e, com base nessa distinção, as
crenças culturais e normas indicam quais status os homens e as mulheres
deveriam ocupar e como elxs deveriam desempenhar os papéis associados com esses
status. Tem havido no curso da evolução humana enorme variação no que é
definido como adequado aos homens e às mulheres, um fato que indica que
distinções entre os sexos são mais socioculturais do que biológicas. Esse
processo de definir culturalmente status e papéis adequados para cada sexo é
denominado de diferenciação de gênero; e esse conceito deveria ser distinto da
diferenciação sexual, que denota as diferenças biológicas entre homens e mulheres.
As duas noções, de sexo e gênero, entretanto, não são
tão facilmente separadas porque muito do que a população costuma ver como
tendências "naturais", biológicas, dos sexos é culturalmente definido
e reforçado através de sanções. As únicas diferenças biológicas claras entre os
homens e as mulheres são diferenças geneticamente causadas nas secreções
hormonais e seus efeitos no desenvolvimento dos órgãos sexuais e outras
características anatômicas (estrutura óssea, percentual de camada de gordura e
musculatura). Pode haver outras diferenças fundamentadas geneticamente, mas não
há evidências claras para essas. Além disso, até mesmo as diferenças mais
inequívocas tornam-se tão elaboradas e impregnadas por crenças culturais e
normas, e por papéis sociais e práticas dentro de estruturas sociais, que
tornam obscura a fronteira entre o sexo e o gênero.
A base da noção de sexo socialmente construída é
bastante ilustrada por casos nos quais a identidade sexual biológica é ambígua.
Por exemplo, em um estudo, crianças que nasceram com os órgãos de ambos os
sexos (antigamente chamadas de hermafroditas, atualmente chamadas de
intersexuais) empregaram as características sexuais - atitudes, comportamento e
preferências sexuais - que refletiram sua socialização pelos pais, tanto
masculinos quanto femininos (Ellis, 1945; Money ê Ehrhardt, 1972). Em outro
caso elucidativo, uma garota jovem que tinha os órgãos sexuais externos de uma
mulher e que fora criada como mulher, sofreu uma mudança de voz na puberdade;
um exame médico mais detalhado revelou que "ela era "XY", ou
seja, um homem. Informada disso, ela "foi para casa, jogou fora suas
roupas de moça e tornou-se um garoto, começando imediatamente a se comportar
como os outros garotos" (Reynolds, 1976).
Ou seja, o gênero é mais determinante do que o sexo
quando pensamos em assumir papéis. Um indivíduo pode ter nascido do sexo
feminino e optar, posteriormente, pelo gênero feminino se tornando, portanto,
uma mulher. Outro ponto importante é distinguir gênero de orientação sexual.
Embora existam várias orientações sexuais, as mais conhecidas são:
homossexuais, heterossexuais e bissexuais. A orientação sexual (e não opção
sexual) não é determinada pelo sexo nem pelo gênero. O que determina o seu sexo
são suas características biológicas; seu gênero é determinado pelas suas
características culturais e sociais; sua orientação sexual se define para qual
gênero você tem sua afetividade direcionada.
De um ponto de vista sociológico, então, é melhor nos
concentrarmos nos processos de gênero, ou aquelas causas culturais e sociais
que afetam os status e os papéis desempenhados por todos na sociedade. Vamos
nos concentrar na estratificação de gênero porque esse é o tópico que
diretamente afeta tudo em nossas vidas.
A Dinâmica da Estratificação de Gênero
Quando as posições ocupadas por homens e mulheres
implicam diferentes quantidades de renda, poder, prestígio e outros recursos de
valor, um sistema de estratificação de gênero pode ser considerado existente.
Desde que os homens abandonaram a caça e a colheita entre 12 mil a 18 mil anos
atrás, a estratificação de gênero existe em todas as sociedades conhecidas. E
esse sistema tem favorecido homens, que têm a maior probabilidade em ocupar
posições e desempenhar papéis que trazem mais poder, riqueza material e
prestígio. Como devemos explicar essa situação?
Teorias
funcionalistas buscariam responder
essa questão enfatizando que uma divisão de trabalho com base no sexo era mais
plausível do que qualquer alternativa para preencher necessidades de
sobrevivência de populações humanas primitivas. É mais eficiente, e daí mais
adequado, para uma sociedade simples ter mulheres para desempenhar as
atividades em torno da educação da criança e afazeres domésticos, enquanto os
homens saem para caçar por "esporte" e, mais tarde, lutar em
conflitos, pois as mulheres devem parir e amamentar as crianças, e suas
atividades domésticas pareceriam fluir "naturalmente" partindo desse
"fato" biológico da vida humana.
Em contraste, os homens não podem amamentar uma criança
e são, na média, cerca de 15% a 20% maiores do que as mulheres e, assim, é mais
"natural" para eles deixarem os acampamentos para caçar e desempenhar
outras tarefas que não podem ser feitas por mulheres que amamentam. Uma vez que
essa divisão de trabalho existia, tornou-se cada vez mais elaborada e
expandida, trazendo desigualdade entre os sexos.
Esse argumento é seriamente falho. Primeiro, as
mulheres em muitas sociedades tradicionais fazem a maioria do trabalho pesado e
criam os filhos. Ora, uma vez que o modo de vida nômade de caça e coleta foi
abandonado e as pessoas se fixaram, por que os homens não poderiam fazer o
mesmo e usar seus talentos para criarem filhos e desempenharem tarefas
domésticas? Segundo, se os papéis das mulheres são tão funcionalmente
importantes, por que elas continuam possuindo menos prestígio, poder e riqueza
agora que a era de caça e coleta é passado? Assim, precisamos observar melhor
para um entendimento mais completo de como persistiu a estratificação de
gênero.
Uma análise possível está na teoria de conflito em que a ênfase é dada ao poder. Porque os
homens são um tanto maiores e mais fortes do que as mulheres, pelo menos na
média, eles têm usado essa capacidade como coerção para criar e sustentar um
sistema de estratificação com base no gênero. Assim, ao longo da história, os
homens e as mulheres têm competido por recursos escassos, com os homens no
final das contas mantendo uma decisiva vantagem através da coerção. A coerção
básica envolvida, é claro, tornou-se mascarada por crenças culturais e normas
que fazem parecer "natural" que os homens devam dominar o acesso a
recursos de valor.
Apenas na história bem recente essa máscara cultural
foi tirada, levando a um movimento social crescente em grande parte do mundo
industrial para remodelar a desigualdade entre os homens e as mulheres. Mas
ainda há forças poderosas que funcionam
para sustentar a estratificação de gênero.
Em um nível cultural
as crenças trabalharam contra as mulheres, enfatizando seu caráter doméstico e
nutricional (Turner, 1977). Tais crenças foram traduzidas em expectativas
normativas sobre as próprias posições (doméstica) e comportamentos de papéis
(passivo, nutricional) para as mulheres. Tais símbolos culturais persistem
porque xs jovens são socializados por suas famílias, escolas, companheirxs e a
mídia para aceitá-lxs.
Quando nasce um bebê, seu sexo é a primeira coisa que
os pais desejam saber porque define como eles reagirão à criança e o que eles
esperarão dela. As meninas, por exemplo, serão encaminhadas em uma conduta
"suave", os meninos em uma "dura" com comportamento mais
agressivo; as meninas serão estimuladas a brincar adotando papéis
"femininos" (mãe, enfermeira e dona de casa), ao passo que os meninos
serão estimulados a adotar papéis "masculinos". Com essa canalização
de papéis nas brincadeiras, são comunicadas as definições do que significa ser
masculino e feminino.
Essas mensagens sutis sobre a
masculinidade e feminilidade são reforçadas por interações e experiências
iguais nas escolas. Em geral, os meninos são estimulados a praticar esportes
competitivos, que envolvam agressividade e contato físico ao passo que, apesar
de algumas mudanças, as meninas são estimuladas a praticar esportes menos
competitivos e menos físicos ou, ainda mais significativamente, papéis de
observador/torcedor, em que elas são meros suplementos às atividades
masculinas. Interações com iguais reforçam essas diferenças na escola e
socialização familiar, como faz a mídia (livros e televisão). O resultado
final, como enfatizariam as teorias interacionistas é que os meninos e as
meninas (e mais tarde os homens e as mulheres) vêm a definir-se em termos
masculino e feminino e buscar status nas estruturas sociais que reforcem essas
definições.
Assim, apesar da considerável publicidade feita para
mudar os "papéis sexuais", os homens ainda controlam os status de
alta renda, de alto poder e de alto prestígio; e eles ainda são capazes de ser
evasivos a muito trabalho doméstico, mesmo quando suas esposas trabalham fora.
Como isso é possível? A resposta reside na socialização dos homens e das
mulheres dentro de crenças sobre feminilidade e masculinidade, e em práticas
discriminatórias nos mercados de trabalho. Estas são causas sutis, mas seus
efeitos são profundos.
Há, entretanto, sinais de mudança. As mulheres agora
estão assegurando, em números dramaticamente crescentes, grau de escolaridade
em campos tradicionalmente dominados por homens - administração de empresas,
ciência da computação, odontologia, engenharia, direito e medicina. Além disso,
leis anti-discriminação têm reduzido a discriminação contra as mulheres em
empregos operários dominados pelos homens, embora os homens ainda tenham essas
posições de forma esmagadora. Há também sinais de crescimento da participação
das mulheres na política. Temos, pela primeira vez na história do Brasil, uma
presidenta! Os efeitos a longo prazo dessas mudanças, sem dúvida, alterarão as
crenças culturais sobre os papéis adequados tanto para as mulheres quanto para
os homens, ao mesmo tempo mudando as divisões do trabalho doméstico. Mas estas
serão mudanças relativamente lentas porque os velhos sistemas de símbolos
culturais, práticas de socialização, práticas de emprego informais e atividade
política são difíceis de alterar.
A estratificação de gênero é sustentada por ciclos que
se reforçam mutuamente. As mulheres são identificáveis; apresentam ameaças à
dominação masculina de papéis sociais-chave; são sujeitas a crenças
preconceituosas sobre sua formação "biológica"; estão expostas a uma
longa lista de práticas discriminatórias. E crenças e comportamentos são
sustentados pela socialização diferenciada. Como tais ciclos devem ser quebrados? O impulso mais importante tem
sido a participação crescente das mulheres na força de trabalho, em que elas garantem,
uma vez que" ganham o seu pão", recurso que lhes dá poder para
redefinir a identidade de gênero e mudar um pouco a divisão do trabalho
doméstico. Por sua vez, a raiva crescente das mulheres, conjugada com o grande
tamanho de sua população, levou-as a mobilizações para mudar as crenças
preconceituosas (sobre a natureza das mulheres e suas qualidades) e iniciar
ação política para reduzir a discriminação.
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reprodução da violência e desigualdade social vídeo 3
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
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Sociologia 4º Bimestre
Reportagens sobre a violência
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Caetano
Veloso diz que Rio comete 'violência simbólica' ao proibir máscaras
Músico
fala ao Mídia Ninja e propõe que população desobedeça à proposta em tramitação
na Assembleia Legislativa fluminense com apoio de Sérgio Cabral
por Redação da RBA publicado 06/09/2013
15:44
CC / MÍDIA
NINJA
Caetano Veloso, em foto para o Mídia Ninja, propõe
uso de máscaras no feriado da Independência, em protesto ao governo do Rio
São
Paulo – Em vídeo gravado durante sua passagem pela sede do Midia Ninja no Rio
de Janeiro, o compositor e cantor Caetano Veloso disse que a cidade pratica uma
"violência simbólica" ao proibir o uso de máscaras pelos habitantes e
propôs que a população saia às ruas neste 7 de Setembro usando-as como forma de
contestar a arbitrariedade. "Pode ser muito bonito", disse o artista.
Caetano
Veloso participou de um debate com os integrantes do Midia Ninja carioca sobre
manifestações populares, redes sociais. os black blocs e ocupações das ruas
pelos movimentos sociais. "Sou um baiano velho, mas moro no Rio há muitos
anos. E acho que a cidade aceitar a proibição de máscaras é uma violência
simbólica", disse, em depoimento gravado num vídeo e postado pelo coletivo
no Facebook.
A
proibição está em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e tem
o apoio de Sérgio Cabral (PMDB), governador que vem sendo o principal alvo dos
protestos realizados na capital desde junho.
O
vídeo emitido pela Ninja contém ainda opiniões de jovens participantes de
manifestações de rua no Rio, que receberam com indignação a proibição, pelo
governo do estado, de usar máscaras durante os protestos – forma de atuação
policial proposta pelo poder público fluminense prevendo ocorrências nos atos
públicos previstos para amanhã, feriado de 7 de Setembro.
"É
uma medida ditatorial e anticonstitucional que mostra o desespero desse
governante, Sérgio Cabral", disse um dos entrevistados, que teve a
identidade mantida sob sigilo. "A Secretaria de Segurança Pública não está
preparada para lidar com as manifestações populares. Eu uso máscara porque a
gente leva muito gás de pimenta na cara, a gente é fotografado o tempo inteiro
por policiais infiltrados. A máscara é uma necessidade", completou.
Caetano também teve
uma imagem publicada na página do Mídia Ninja, em que aparece usando máscara,
numa imagem que remete ao Black Bloc. "É uma violência simbólica
proibir o uso de mascaras. Dia 7 de setembro todos deveriam ir as ruas
mascarados!", diz a legenda original da imagem.
Na sociedade em que vivemos, da maneira com que
vivemos, os homens são autorizados a pensar e sentir que o corpo das mulheres
não vale nada, que as mulheres são menos sujeito do que eles são
Por Jully Soares, no Blogueiras Feministas
Dentre todos os temas de discussão levantados pelas
feministas, a violência contra as mulheres, em especial a violência doméstica,
continua sendo o tema de maior impacto na sociedade. Seja para vender o seu
produto através da “sedução” que a violência é capaz de realizar, seja para
realmente provocar a população para perceber a gravidade da questão, a mídia
tem colocado a violência contra as mulheres como pauta com bastante frequência,
gerando quase um uníssono que diz: “nós não queremos a violência contra
as mulheres”.
Às vezes, parece inclusive ser um assunto pautado
até demais, podendo fazer algumas pessoas pensarem: “poxa, mas vocês
vão falar disso mais uma vez?”. Mas, é interessante perceber que, por mais
que se fale no assunto de maneira reiterada, já há décadas, ainda vemos todos
os dias a violência sendo praticada contra as mulheres. É incrível, você pode
perguntar a cada pessoa que conhece, quase todas dirão que conhecem alguma
mulher que viveu ou vive em situação de violência.
O fato de a violência contra as mulheres persistir,
apesar de tantos esforços para freá-la, mostra o quanto está inserida –
profundamente – em todas as relações sociais. Na maioria das vezes, pensamos
nas mulheres que são agredidas fisicamente por seus parceiros e que denunciam
isso ou, simplesmente, não conseguem esconder as agressões. Ou seja, na maior
parte das vezes em que o assunto da violência contra a mulher vem à tona, a
violência doméstica é aquela que recebe maior atenção.
Bem, talvez os dados do Mapa da
Violência de 2012 aliados à vivência diária
ajudem a compreender melhor o fenômeno. Em 2011, 71,8% das mulheres que
sofreram violência física foram agredidas em suas residências, enquanto 43,4%
(a maior porcentagem entre todas as categorias) foram agredidas por seus
parceiros ou ex-parceiros. Também os casos de todos os dias, como o da mulher que teve os braços e perna cortados com facão pelo companheiro neste mês ou da que foi morta a marteladas no mês
passado deixam a imagem da violência doméstica muito mais evidente para nós.
Entretanto, mais alguns dados do Mapa da Violência
revelam ainda um pouco mais o assunto: numa análise quantitativa das mulheres –
e meninas – que foram atendidas em 2011, como vítimas de violência física,
podemos ver que a partir dos 10 anos os pais (não “pais e mães”; apenas “pais”)
são os principais responsáveis pelas agressões. A partir dos 15 anos, pai e mãe
deixam de ser os principais perpetradores, “passando a vez” para os namorados,
companheiros e maridos das adolescentes e mulheres. A partir dos 60 anos, são
os filhos os que assumem lugar de destaque nesse tipo de violência.
Surpresa? É como se ainda estivéssemos em séculos
atrás, quando as mulheres pertenciam aos pais – aos homens –, passando depois a
pertencer a seus maridos. É como se as mulheres fossem uma coisa formada de
carne e de sentimentos de pouco valor. Carne e sentimentos que pudessem ser
consumidos, usados ao bel-prazer dos homens, sem consequências. Uma carne que
pode ser rasgada, cortada, usada para o prazer dos homens. Sentimentos que não
precisam ser levados em conta porque, afinal, “são mulheres”. São “só mulheres.”
Essa outra face da violência, a violência
simbólica, que não recebe a mesma atenção da mídia ou das conversas do
dia-a-dia é, na verdade, a forma de violência que permite chegar à violência
física contra as mulheres. Porque, na sociedade em que vivemos, da maneira com
que vivemos, os homens são autorizados a pensar e sentir que o corpo das
mulheres não vale nada, que as mulheres são menos sujeito do que eles são.
Basta se atentar para a vida cotidiana. Das cantadas que nos fragmentam em
peitos e bundas, em objetos de consumo do outro; às cobranças por sexo (mesmo
que sem vontade); passando por atitudes que nos colocam como AS responsáveis
pelos cuidados das pessoas, dos filhos e filhas, do trabalho doméstico.
O lugar de subalternidade tão conferido às mulheres
carrega, na maioria das vezes, uma violência que incide sobre nós: calada,
invisível, sorrateira. E, devido ao sexismo de cada dia, bem como ao domínio
sobre as mulheres, se sentimos essa violência é porque somos “mulheres”. E se
denunciamos essa violência, somos “mulherzinhas”. Se não denunciamos essa
violência, somos “mulherzinhas” também.
No final das contas, seremos sempre “mulherzinhas”.
Porque seremos sempre menos enquanto a sociedade inteira entender que existem
apenas dois sexos (ou dois gêneros) e, que essa dualidade precisa
necessariamente ser polarizada entre mais e menos, de maior ou de menor valor.
A violência física dói muito, assusta e aterroriza. Mas, enquanto a violência
simbólica não for considerada VIOLÊNCIA, a violência física continuará
encontrando espaço para se fazer presente das piores maneiras possíveis, todos
os dias.
Hoje, 25 de novembro, Dia
Latino-Americano e Caribenho de Luta Contra a Violência à Mulhere Dia Internacional da Eliminação da Violência
contra a Mulher, precisamos dar atenção ao fato de que as mulheres sofrem
violência todos os dias. Todos os dias. Por homens, por mulheres, pela mídia,
pelo Estado, pela Igreja… Mas enquanto essas formas de violência simbólica não
tiverem importância, dificilmente poderemos erradicar a violência física que
também nos assombra diariamente.
—–
Jully Soares é jovem pensadora e militante
feminista, negra e bissexual. Escreve no blog Inspiração
Política & Literária.
Edição do dia 11/08/2015
11/08/2015
13h19 - Atualizado em 11/08/2015
14h10
Aumenta número de denúncias de violência contra a mulher
no Brasil
Ligue 180 recebeu mais de 360 mil denúncias no primeiro
semestre.
Mulheres ligam para reclamar da violência e também para pedir ajuda
As mulheres vítimas de violência doméstica estão vencendo o medo e
denunciando os agressores. É o que mostra uma pesquisa feita pela Secretaria de
Políticas para as Mulheres, da Presidência da República. No primeiro semestre,
o ligue 180 recebeu, em média, 84 ligações por hora de mulheres que reclamam de
algum tipo de violência ou pedem ajuda.
saiba mais
A aposentada Rosângela Sá tentava se separar do homem com quem era
casada há 21 anos. Em abril de 2009, ele botou fogo no corpo dela.
“Só vi a explosão, engoli aquela bola de fogo, aquele desespero. É tudo
tão rápido. Você não entende na hora o que está acontecendo”, conta.
Rosangela teve queimaduras em 65% do corpo. E, ainda na terapia
intensiva do hospital, prestou depoimento contra o ex-marido, que tinha fugido.
"Ele foi preso em Minas, foi trazido pro Rio, foi julgado em 2011,
condenado a 26 anos de prisão, e hoje ele está em Bangu 2", conta
Rosângela.
A Central de Atendimento à Mulher - o ligue 180 - recebeu, nos
seis primeiros meses deste ano, mais de 360 mil ligações (364.627). Uma média
de 60 mil (60.771) telefonemas por mês.
Em todo o ano passado, foram mais de 480 mil (485.105) atendimentos.
Este ano, 32 mil registros foram de violência contra a mulher. A metade desses
relatos foi sobre violência física. Em seguida aparecem denúncias de violência
psicológica, moral, cárcere privado e violência sexual.
Marisa Chaves de Souza é fundadora de uma ONG que apoia mulheres e
crianças vítimas de violência. “A lei Maria da Penha, que acabou de completar
nove anos, é uma lei bem avançada, mas que é necessário que ela ultrapasse a
questão das medidas protetivas de urgência para que as sentenças condenatórias
sejam mais divulgadas para serem exemplos pedagógicos para a sociedade, para
que qualquer homem saiba, que bater numa mulher tem uma sanção, tem um custo”,
fala Marisa Chaves.
Rosangela já passou por três cirurgias e faz tratamento para amenizar as
cicatrizes. Seis anos depois, ela superou a dor física e a psicológica também.
“Eu tenho muita vontade de viver. Se eu fosse guardar mágoa dele [agressor], eu
não teria sobrevivido”.
Agredida por pai de alunos em
2010, diretora sofre com convulsões
Cartola
- Agência de Conteúdo
Especial para Terra
Há três
anos a professora Maria Ladjane de Araújo, 53 anos, toma diariamente uma
medicação para minimizar as convulsões que sofre em decorrência da violência
vivida em outubro de 2010. A gestora da Escola Modelo Infantil Santa Joana, em
Caruaru (PE), atravessava a rua quando um homem avançou em sua direção e lhe
empurrou. Ela caiu de cabeça no meio-fio, sofreu traumatismo craniano e teve um
edema frontal. O agressor é pai de dois alunos que estudavam na instituição.
Na época,
a imprensa local noticiou que o homem estaria contrariado por ter sido chamado
na escola para conversar sobre o comportamento da filha. Irritado, ele teria
discutido com Maria, o que não é confirmado pela professora. "Não houve
conversa, ele simplesmente chegou e me agrediu", relata.
Maria foi
levada a um hospital no Recife e passou oito dias internada. Perdeu olfato,
paladar e teve a audição prejudicada - hoje escuta apenas com o ouvido
esquerdo. Com a fala arrastada, a docente conta que, desde o episódio, evita
sair na rua e, quando sai, só anda acompanhada. "Meu dia acaba mais cedo.
Depois das 20h, quando tomo meu remédio, fico dopada e não consigo fazer mais
nada", acrescenta.
Na
instituição, a educadora segue no mesmo cargo de três anos atrás, mas confessa
que já não consegue cumprir suas funções como antes. "Eu sigo assinando
papéis, tomando algumas decisões, mas já não tomo a frente das atividades,
conto muito com minha equipe", lamenta. Após a agressão, levou dois meses
para voltar ao trabalho.
O
agressor aguarda sentença na justiça e cumpre uma medida que o impede de chegar
a menos de 500 metros da professora. Em depoimento dado na época, o homem
afirmou que tudo não passou de um acidente e que não tinha intenção de machucar
a professora. Maria já o conhecia havia oito anos, e afirma que não esperava
vê-lo daquela forma. "Ele estava visivelmente descontrolado. Tenho 30 anos
de escola e também moro aqui há 30 anos, nunca tinha vivido uma situação como
essa. Caruaru inteira ficou revoltada", complementa, lembrando que foi
difícil para o pai matricular as crianças em outro colégio, tal era a
indignação da população. "Ele destruiu minha vida, mas destruiu a dele
também. Ele sabe que a família dele sofreu com essa situação", diz
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Violência psicológica atinge jovens em ambiente profissional
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Data: 03/04/2012 / Fonte: Agência USP de Notícias
São Paulo/SP- Em uma pesquisa realizada
entre 2009 e 2010 na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, a psicóloga
Samantha Lemos Turte avaliou experiências de assédio moral relatadas por
adolescentes trabalhadores e concluiu que eles não só estão expostos a
situações constrangedoras, como também não sabem lidar com elas. O estudo foi
orientado pela professora Frida Marina Fischer, do Departamento de Saúde
Ambiental da FSP.
O incentivo ao início da vida profissional já na adolescência é uma prática propagada, inclusive, com implementação de leis, como a Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece, entre outras coisas, que empresas tenham em seu corpo de funcionários um mínimo de 5% de menores aprendizes. Para Samantha, o interesse em promover a saúde no trabalho é primordial, uma vez que neste local adultos e jovens dispensam considerável parte do seu dia. Diante disso, a pesquisadora levantou a necessidade de avaliar se trabalhadores jovens saberiam reconhecer violência psicológica no seu cotidiano corporativo. Dentre 40 adolescentes entrevistados para a pesquisa, a maioria com idade inferior a 18 anos, foram reconhecidas situações que podem ser compreendidas como violência psicológica. Ainda que alguns tivessem sido respeitados, outros reclamaram de humilhações e imposições sofridas. Entre alguns abusos detectados, estavam desde constrangimentos provocados por outros funcionários da empresa até a realização de funções para as quais não foram contratados. Para Samantha, o mais preocupante é a banalização das condições ruins de trabalho às quais tanto adultos quanto crianças estão submetidos. É comum ouvir que trabalhar é ruim, as coisas não são fáceis, etc e, com isso, perde-se a noção de que a promoção da saúde mental deve ser estendida ao ambiente profissional. "Naturalizamos problemas do trabalho e irradiamos na nossa vida pessoal", diz a pesquisadora. A pesquisadora também contou que os adolescentes não sabiam reconhecer, sem uma explicação prévia, se haviam sido vítimas de violência psicológica. Quando eram informados da definição do termo, faziam um paralelo desta com o bullying, prática de agressão comum entre crianças na idade escolar. Segundo o estudo, os jovens que sabiam o que era assédio moral e o reconheciam, tinham mais segurança em defender-se da prática e reclamar por seus direitos. Para a psicóloga, discutir na escola questões relativas aos limites das relações interpessoais no trabalho, à saúde e às formas de violência evitaria que os jovens sofressem estes abusos, e lhes daria argumentos para se proteger. Com esses conceitos bem definidos, "nos tornaríamos protagonistas na promoção da saúde", diz Samantha. Entrevistas Inicialmente, a psicóloga procurou uma Organização Não Governamental (ONG) especializada em preparar e encaminhar jovens residentes da Zona Sul de São Paulo entre 15 e 20 anos para o mercado, inclusive com promoção de cursos. Esses cursos abrangem conceitos técnicos de áreas administrativas, inglês, linguagem, matemática, informática e noções de direitos como cidadão e deveres com a sociedade. Há três tipos de jovens vinculados à associação: aqueles que não estão no mercado de trabalho e, portanto, frequentam diariamente as aulas preparatórias; aqueles que trabalham como jovens aprendizes, possuem vínculo empregatício com a empresa correspondente, ou seja, têm carteira de trabalho assinada, e frequentam uma vez por semana as aulas da ONG; e aqueles que estão contratados como estagiários nas empresas, com contratos sem vínculo empregatício, e frequentam as aulas uma vez por mês. Assim que participam das atividades reservadas ao primeiro grupo, os jovens são encaminhados para empresas parceiras da ONG, cadastradas para implementar essa mão de obra. Os jovens selecionados para a pesquisa eram provenientes do segundo e terceiro grupo e que já estavam empregados no mínimo seis meses. Foram realizadas entrevistas, tanto individuais quanto em grupo, além de um questionário, para detectar se estes jovens sofriam assédio moral ou outro tipo de violência psicológica no trabalho, e, mais importante, se sabiam reconhecer tal ato. A intenção era determinar se os jovens que frequentavam as aulas na ONG uma vez por semana saberiam reconhecer e lidar com assédio moral de forma mais efetiva do que os que frequentavam a ONG apenas uma vez por mês. Por haver menores de idade no grupo estudado, termos de consentimento foram assinados pelos pais dos participantes. Foto: www.primeirahora.com.br |
Especialistas esclarecem o que está por
trás das violências invisíveis – psicológica, moral e patrimonial -, que atinge
três em cada cinco mulheres brasileiras
“Louca.”
“Puta.” “Fiz por amor.” “Incapaz.” “Ninguém vai acreditar.” Falas como estas
fazem parte do cotidiano de milhões de brasileiras. Segundo relatório da ONU,
três em cada cinco mulheres sofreram, sofrem ou sofrerão violência em um
relacionamento afetivo no Brasil – e nem todas as feridas aparecem. São as
cicatrizes das violências invisíveis – psicológica, moral e patrimonial –,
também conhecidas como relacionamento abusivo, que cala e aprisiona.
Uma
campanha lançada, nesta terça (27), pela ONG Artemis, em parceria com a marca Lush,
pretende jogar luz sobre uma realidade tão comum, mas ainda bastante
desacreditada pela sociedade e pelo sistema judiciário. Diante disso, Raquel
Marques, presidente da Artemis, Silvia Chakian, promotora de justiça e
coordenadora do Grupo Especial de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher
(GEVID), e Alice Bianchini, doutora em direito penal e membro da Comissão da
Mulher Advogada do Conselho Federal, reuniram uma série de fatos capazes de
esclarecer este tipo de agressão.
1. O relacionamento abusivo ainda é
visto como uma simples briga de casal
A Lei Maria da Penha compreende que violência doméstica é “Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. E para configurar a violência, nos termos da Lei, ela não precisa ser continuada, nem atual, nem duradoura, bastando que exista uma relação afetiva entre a vítima e o agressor, mesmo que não residam no mesmo local.
A Lei Maria da Penha compreende que violência doméstica é “Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. E para configurar a violência, nos termos da Lei, ela não precisa ser continuada, nem atual, nem duradoura, bastando que exista uma relação afetiva entre a vítima e o agressor, mesmo que não residam no mesmo local.
“Apesar
de todo esse esclarecimento, ainda tem sido muito difícil lidar com o machismo
institucional, dentro do sistema de justiça”, aponta Silvia Chakian. “Vejo
diariamente vítimas sendo desacreditadas em juízo e questionadas exaustivamente
nas delegacias. Como se a mulher, por ser mulher, não fosse digna de crédito.
Ela é confrontada, questionada e cobrada com uma coerência absurda e impossível
de ser conhecida. O depoimento de quem sofre esse tipo de violência é muito
marcado por incoerências, lapsos de memória, falas entrecortadas – próprios do
pós-trauma. Deparamos-nos então com a recorrente revitimização e descrédito.”
Ainda
segundo a promotora, quando uma mulher decide romper com o silêncio, a primeira
reposta que ela vai receber, seja na delegacia, no ministério público ou em um
centro de referência, pode ser determinante para que nunca mais busque ajuda e
acredite que seu destino é viver em um relacionamento violento.
2. Ciúme pode não ser saudável, mas
sinônimo de controle
Os sinais que antecipam um relacionamento abusivo às vezes podem ser sutis. Hoje, muitas mulheres ainda tendem a acreditar que um relacionamento sem ciúme, é uma relação sem amor. “O problema é que muitas vezes esse ciúme vem camuflado de zelo e cuidado, e não parece controle”, alerta Silvia.
Os sinais que antecipam um relacionamento abusivo às vezes podem ser sutis. Hoje, muitas mulheres ainda tendem a acreditar que um relacionamento sem ciúme, é uma relação sem amor. “O problema é que muitas vezes esse ciúme vem camuflado de zelo e cuidado, e não parece controle”, alerta Silvia.
“Quando
um namorado diz para a namorada, ‘troque essa saia, porque assim você não vai
sair comigo’, o problema não é a roupa. A mensagem que fica neste
relacionamento é: quem mandar e quem obedece”, explica a promotora. “Mulheres
tendem a minimizar o comportamento violento e a não interpretar a conduta
abusiva como violência. Muitas vezes elas se responsabilizam – ‘Eu sou
difícil’, ‘Estava nervosa’, ‘Realmente provoquei’ -, como se tivessem
contribuído ou até mesmo merecido a agressão que não necessariamente é física.”
Em
alguns casos, diz, a responsabilização pela conduta violenta é relacionada a
fatores externos, como o consumo de álcool ou outras drogas. “Já ouvi vítima
dizer: ’Ele me agrediu porque estava nervoso, porque bebeu’. Não, a motivação
da violência de gênero é interna. O sujeito quando enche a cara no bar não
agride o amigo, ele espera chegar em casa para violentar a companheira.”
3. Por que é tão difícil romper com o
ciclo de violência?
“O ciclo de violência leva anos para ser rompido, em alguns casos chega a levar até dez anos”, diz Alice Bianchini. “E ela costuma ser gradativa, até alcançar seu ápice, que vem acompanhado de uma fase de reconciliação e promessas, que logo são quebradas, e assim o ciclo recomeça.” E a tolerância social com relação à violência contra a mulher é um dos impedimentos para a quebra deste circuito perigoso.
“O ciclo de violência leva anos para ser rompido, em alguns casos chega a levar até dez anos”, diz Alice Bianchini. “E ela costuma ser gradativa, até alcançar seu ápice, que vem acompanhado de uma fase de reconciliação e promessas, que logo são quebradas, e assim o ciclo recomeça.” E a tolerância social com relação à violência contra a mulher é um dos impedimentos para a quebra deste circuito perigoso.
Uma
pesquisa do Ipea de 2013 diz que 65,3% da população brasileira concorda com a
seguinte frase: “Mulher que apanha e continua com o companheiro gosta de
apanhar”. De encontro a esta estatística está uma pesquisa de 2015 realizada
pelo Senado Federal. Um levantamento feito com vítimas de violência doméstica
apontou que 24% delas se mantêm no relacionamento por preocupação com a criação
dos filhos, enquanto 21% diz temer uma vingança por parte do agressor.
Precisamos dar fim aos estereótipos de gêneros.
4. O feminicídio costuma ser o
resultado de um ciclo violento de relacionamento abusivo
Uma pesquisa da ONU constatou que o Brasil é o quinto país do mundo com maior taxa de homicídio de mulheres – fim trágico de um longo histórico de violência. “O feminicídio não acontece abruptamente”, conta Raquel Marques. “Ele nunca é um episódio isolado na vida de uma mulher. A violência se desenvolve em uma escalada dentro de um relacionamento”, acrescenta Silvia.
Uma pesquisa da ONU constatou que o Brasil é o quinto país do mundo com maior taxa de homicídio de mulheres – fim trágico de um longo histórico de violência. “O feminicídio não acontece abruptamente”, conta Raquel Marques. “Ele nunca é um episódio isolado na vida de uma mulher. A violência se desenvolve em uma escalada dentro de um relacionamento”, acrescenta Silvia.
O
machismo e a misoginia predominantes no comportamento social, segundo elas,
contribuem diretamente para esse índice. “Vivemos em uma sociedade que mata
mulheres quando elas violam uma das duas leis do patriarcado. A primeira delas
é a da submissão e a segunda é a da fidelidade. Em pleno século 21, nós ainda
temos que lutar pelo direito do ‘não’ ser respeitado e isso está por trás dos
assassinatos”, explica Silvia.
Acesse no site de origem: 4 fatos sobre relacionamento abusivo que você precisa conhecer (Marie
Claire – 29/09/2016)
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Condutas Massificadas e alienação Moral
domingo, 5 de junho de 2016
Condutas massificadas
Conduta
massificada é a eliminação das desigualdades entre os seres humanos, através da
sua transformação numa massa genérica e cinzenta, de uniformidade anônima, por
exemplo: todo mundo quer passar suas férias na Itália, todos se vestem como
todo mundo, inclusive todos pensam, sentem, fazem o mesmo no trabalho e no
tempo livre, em seu ambiente social e político.
A primeira foi largamente utilizada pelos regimes totalitários para mobilizarem populações para atingirem os objetivos a que se propunham.A segunda é largamente utilizada para a promoção e venda de produtos para grandes massas de consumidores. Em ambas as situações constata-se o mesmo fenómeno: os indivíduos são despersonalizados, tratados como meros elementos de enormes massas de apoiantes ou consumidores de algo que lhes é impingido.
A conduta massificada nos mostra claramente que somos induzidos pela mídia. Isso é fato! Somos transformados em “Maria vai com as outras” através da moda que vai e volta, através da vaidade e das renovações de produtos para manter essa vaidade. A internet, a televisão, as revistas fazem com que nós sejamos influenciados de alguma maneira. Se um corte de cabelo é lançado na mídia, a grande maioria adere o corte, porque não quer ficar para trás, e pessoas que não costumam aderir nada que a moda opõe são chamadas de pessoas ultrapassadas. E esses meios de comunicação interferem sim na maneira de pensarmos e agirmos, e tem uma grande influência em nosso guarda roupa.
Alienação moral
Alienação moral é uma atuação manipulada do pensamento que ocorre na mente das pessoas que não conseguem mais pensar por si próprias, mas sim pelo o que os outros ou a mídia dita.
Isto significa que o indivíduo perde a capacidade de raciocinar criticamente. Uma pessoa alienada moralmente é aquela que age sem saber dos seus direitos e aceita tudo passivamente sem questionar. Seus valores morais são aqueles que são transmitidos em novelas, isto porque essas pessoas estão tão dominadas que perderam o senso crítico.
Um alienado moralmente é uma pessoa que vive mas não dá importância para o que se passa no mundo. Algumas pessoas são tão alienadas moralmente que não sabem nem mesmo a situação que nosso país está vivendo. O governo e a mídia são os principais agentes da alienação moral de massa.
As brechas para que alienação moral aconteça são:
- quando há o individualismo e recusa do outro.
- quando há condutas massificadas.
Numa situação de alienação moral, a autonomia não é alcançada, pois a sociedade nega direitos e discrimina. O outro não é reconhecido como sujeito e lhe é negada a liberdade de expressão, o acesso à educação, à saúde, ao trabalho e há ausência de políticas públicas.
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