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Oque é a filosofia: é o espanto!

História da filosofia

segunda-feira, 27 de março de 2017

História da Filosofia
De origem grega, a palavra filosofia significa amor à sabedoria. Na história da filosofia desde a Antiguidade, a surpresa e o espanto perante o mundo levam o homem a formular questões sobre a origem e a razão do Universo e a buscar o sentido da própria existência. Todos os aspectos da cultura humana podem ser objeto de reflexão. A questão central de cada corrente filosófica está inserida na estrutura econômica, social e política de determinado momento histórico.
A palavra filosofia é utilizada pela primeira vez por Pitágoras, por volta do século VI a.C., quando se dá a passagem do mundo mítico para a consciência racional. Nessa época surgem os primeiros sábios (sophos, em grego), principalmente nas cidades jônicas que estabeleceram relações comerciais com o Oriente.
HISTÓRIA DA FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA
Pré-socráticos são os filósofos anteriores a Sócrates que viveram na Grécia por volta do século VI a.C., considerados os criadores da filosofia ocidental. Essa fase, que corresponde à época de formação da civilização helênica, se caracteriza pela preocupação com a natureza e o cosmo. Ela inaugura uma mentalidade baseada na razão e não mais no sobrenatural e na tradição mítica. As escolas jônica, eleática, atomista e pitagórica são as principais do período.
Os físicos da Jônia, como Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes e Heráclito, procuram explicar o mundo pelo desenvolvimento de uma natureza comum a todas as coisas e em eterno movimento. Heráclito afirma a estrutura contraditória e dinâmica do real. Para ele, tudo está em constante modificação. Daí sua frase “Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, já que nem o rio nem quem nele se banha são os mesmos em dois momentos diferentes da existência. Os pensadores de Eléa, como Parmênides e Anaxágoras, ao contrário, dizem que o ser é unidade e imobilidade e que a mutação não passa de aparência. Para Parmênides, o ser é ainda completo, eterno e perfeito. Os atomistas, como Leucipo e Demócrito, sustentam que o Universo é constituído de átomos eternos, indivisíveis e infinitos reunidos aleatoriamente.
Pitágoras afirma que a verdadeira substância original é a alma imortal, que preexiste ao corpo e no qual se encarna como em uma prisão, como castigo pelas culpas da existência anterior. O pitagorismo representa a primeira tentativa de apreender o conteúdo inteligível das coisas, a essência, prenúncio do mundo das idéias de Platão.
HISTÓRIA DA FILOSOFIA CLÁSSICA
A filosofia da Grécia antiga teve nos sofistas e em Sócrates seus principais expoentes. Eles se distinguem pela preocupação metafísica, ou procura do ser, e pelo interesse político em criar a cidade harmoniosa e justa que tornasse possível a formação do homem e da vida de acordo com a sabedoria. Esse período corresponde ao apogeu da democracia e é marcado pela hegemonia política de Atenas.
Os sofistas, como Protágoras de Abdera e Górgias de Leontinos, são educadores pagos pelos alunos. Pretendem substituir a educação tradicional, destinada a preparar guerreiros e atletas, por uma nova pedagogia, preocupada em formar o cidadão da nova democracia ateniense. Com eles, a arte da retórica – falar bem e de maneira convincente a respeito de qualquer assunto – alcança grande desenvolvimento.
Conhecido somente pelo testemunho de Platão, já que não deixou nenhum documento escrito, Sócrates desloca a reflexão filosófica da natureza para o homem e define, pela primeira vez, o universal como objeto da ciência. Dedica-se à procura metódica da verdade identificada com o bem moral. Seu método se divide em duas partes. Pela ironia (do grego eironéia, perguntar) ele força seu interlocutor a reconhecer que ignora o que pensava saber. Descoberta a ignorância, tenta extrair do interlocutor a verdade contida em sua consciência (método denominado maiêutica).
Discípulo de Sócrates, Platão afirma que as idéias são o próprio objeto do conhecimento intelectual, a realidade metafísica. Para melhor expor sua teoria, utiliza-se de uma alegoria, o mito da caverna, no qual a caverna simboliza o mundo sensível, a prisão, os juízos de valor em que só se percebem as sombras das coisas. O exterior é o mundo das idéias, do conhecimento racional ou científico. Feito de corpo e alma, o homem pertenceria simultaneamente a esses dois mundos. A tarefa da filosofia seria libertar o homem da caverna, do mundo das aparências para o mundo real, das essências.
Aristóteles aperfeiçoa e sistematiza as descobertas de Platão e Sócrates. Desenvolve a lógica dedutiva clássica, que postula o encadeamento das proposições e das ligações dos conceitos mais gerais para os menos gerais. A lógica, segundo ele, é um instrumento para atingir o conhecimento científico, ou seja, aquilo que é metódico e sistemático. Ao contrário de Platão, afirma que a idéia não possui uma existência separada – ela só existe no ser real e concreto.
HISTÓRIA DA FILOSOFIA PÓS-SOCRÁTICA
Até o início da Era Cristã, as correntes filosóficas do ceticismo, epicurismo e estoicismo traduzem a decadência política e militar da Grécia.
Primeira grande corrente filosófica após o aristotelismo, o ceticismo afirma que as limitações do espírito humano não permitem conhecer nada seguramente. Assim, conclui pela suspensão do julgamento e permanência da dúvida. Ao recusar toda afirmação dogmática, prega que o ideal do sábio é o total despojamento, o perfeito equilíbrio da alma, que nada pode perturbar.
Epicuro e seus seguidores, os epicuristas, viam no prazer, obtido pela prática da virtude, o bem. O prazer consiste no não-sofrimento do corpo e na não-perturbação da alma. Os estóicos, como Sêneca e Marco Aurélio, pregam que o homem deve permanecer indiferente a circunstâncias exteriores, como dor, prazer e emoção. Procuram submeter sua conduta à razão, mesmo que isso traga dor e sofrimento, e não prazer.
No século III da Era Cristã, Plotino pensa o platonismo na perspectiva histórica do Império Romano. As doutrinas neoplatônicas têm grande influência sobre os pensadores cristãos.
HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL
Ao retomar o platonismo, o teólogo romano Santo Agostinho identifica o mundo das idéias com o mundo das idéias divinas. Pela iluminação, o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas. Essa corrente é conhecida como patrística por ser elaborada pelos padres da Igreja Católica. Entre os séculos V e XIII predomina a escolástica, conjunto das doutrinas oficiais da Igreja, influenciadas pelos pensamentos de Platão e Aristóteles. Os representantes da escolástica estão preocupados em conciliar razão e fé e desenvolver a discussão, a argumentação e o pensamento discursivo. Uma das principais correntes filosóficas da época é o tomismo, doutrina escolástica do teólogo italiano Santo Tomás de Aquino. (Ver Filosofia Medieval)
HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA
A desintegração das estruturas feudais, as grandes descobertas da ciência e a ascensão da burguesia assinalam a emergência do Renascimento. Em contraste à filosofia medieval, dogmática e submissa à Igreja, a filosofia moderna é profana e crítica. Representada por leigos que procuram pensar de acordo com as leis da razão e do conhecimento científico, caracteriza-se pelo antropocentrismo – que considera o homem o centro do Universo – e pelo humanismo.
O único método aceitável de investigação filosófica é o que recorre à razão. René Descartes, criador do cartesianismo, é considerado o fundador da filosofia moderna. Ele inaugura o racionalismo, doutrina que privilegia a razão, considerada alicerce de todo o conhecimento possível. Ao contrário dos antigos pensadores que partiam da certeza, Descartes parte da dúvida metódica, que põe em questão todas as supostas certezas. Ocorre a descoberta da subjetividade, ou seja, o conhecimento do mundo não se faz sem o sujeito que conhece. O foco é deslocado do objeto para o sujeito, da realidade para a razão (“Penso, logo existo“).
Além do racionalismo, as principais correntes da filosofia moderna são o empirismo e o idealismo, movimentos que têm relação com a ascensão da burguesia e com a Revolução Industrial.
No século XVII, o inglês Francis Bacon esboça as bases do método experimental, o empirismo, que considera o conhecimento como resultado da experiência sensível. Na mesma linha estão Thomas HobbesJohn Locke e David Hume.
SÉCULO XVIII
O racionalismo cartesiano e o empirismo inglês preparam o surgimento do iluminismo no século XVIII. Immanuel Kant deseja fazer a síntese do racionalismo e do empirismo a partir de uma análise crítica da razão. Supera esses dois movimentos ao afirmar que o conhecimento só existe a partir dos conceitos de matéria e forma: a matéria vem da experiência sensível e a forma é dada pelo sujeito que pensa.
O idealismo consiste na interpretação da realidade exterior e material a partir do mundo interior, subjetivo e espiritual. Isso implica na redução do objeto do conhecimento ao sujeito conhecedor. Ou seja, o que se conhece sobre o homem e o mundo é produto de idéias, representações e conceitos elaborados pela consciência humana. Um dos principais expoentes é o alemão Friedrich Hegel. Para explicar a realidade em constante processo, Hegel estabelece uma nova lógica, a dialética. Defende que todas as coisas e idéias morrem. Essa força destruidora é também a força motriz do processo histórico.
SÉCULO XIX
O positivismo do francês Auguste Comte considera apenas o fato positivo (aquele que pode ser medido e controlado pela experiência) como adequado para estudo. O método é retomado no século XX, no neopositivismo, representado pelo austríaco Ludwig Wittgenstein.
Ainda no século XIX, Karl Marx utiliza o método dialético e o adapta à sua teoria, o materialismo histórico, que considera o modo de produção da vida material como condicionante da história. O marxismo propõe não só pensar o mundo mas transformá-lo. Assim formula os princípios de uma prática política voltada para a revolução.
Nessa época surgem também nomes cuja obra permanece isolada, sem se filiar a uma escola determinada, como Friedrich Nietzsche. Ele elabora uma crítica aos valores tradicionais da cultura ocidental, como o cristianismo, que considera decadente e contrário à criatividade e à espontaneidade humana. A tarefa da filosofia seria, então, libertar o homem dessa tradição. No fim do século XIX, o pragmatismo defende o empirismo no campo da teoria do conhecimento e o utilitarismo (busca a obtenção da maior felicidade possível para o maior número possível de pessoas) no campo da moral. Valoriza a prática mais do que a teoria e dá mais importância às conseqüências e aos efeitos da ação do que a seus princípios e pressupostos.
HISTÓRIA DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
No século XX, vários pensadores reinterpretam o marxismo, como o húngaro Gyorgy Lukács, o italiano Antonio Gramsci, os franceses Henri Lefebvre, Louis Althusser e Michel Foucault e os filósofos ligados à Escola de Frankfurt. Paralelamente, o tcheco Edmund Husserl dá início à fenomenologia, que tenta superar a cisão entre racionalismo e empirismo. Consiste no estudo descritivo dos fenômenos, ou seja, das coisas como são percebidas pela consciência, que são diferentes das coisas em si mesmas. Seus seguidores são Martin Heidegger, Maurice Merleau-Ponty e os filósofos do existencialismo, como Jean-Paul Sartre, que consideram a existência humana o primeiro objeto da reflexão filosófica (“a existência precede a essência”).
Com o avanço da ciência e da tecnologia, e o maior domínio do homem sobre a natureza, a epistemologia, estudo crítico de princípios, hipóteses e resultados das ciências, alcança grande desenvolvimento. O estruturalismo surge a partir da pesquisa de duas ciências humanas: a lingüística, com o suíço Ferdinand de Saussure, e a antropologia, com Claude Lévi-Strauss. O estruturalismo parte do princípio de que há estruturas comuns a várias culturas, que precisam ser investigadas independentemente dos fatores históricos.

Autoria: Gean Massaro

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